*Texto complementar à postagem Medo Concreto, Amor Abstrato.
Antes de mais nada, algo importantíssimo de se destacar é que essas dicas não se aplicam apenas ao medo, mas para qualquer desafio mental que você está passando, busque captar a essência dos ensinamentos e verá que entender os padrões em que a mente opera irá lhe ajudar a entender a si mesmo, as pessoas e a vida em geral, de uma maneira muito mais produtiva.
- 1. Aceitá-lo
Existe algo que suporta toda a matéria e tudo o que dela provém. É um fluxo constante, como a correnteza de um rio. Quando esse fluxo é bloqueado, diz-se que se está distorcendo a natureza da própria existência. Bem-aventurados são os que o compreendem e seguem-no em harmonia e paz. Quando isso é aprendido, o homem torna-se senhor de sua vida, pois não está mais contra a natureza.
Logo, ele compreende que para vencer o medo é necessário aceitá-lo, pois sendo sua própria cria, renegá-lo ou confrontá-lo é ferir o próprio filho. O medo existe e continuará existindo a menos que você o eduque e o transforme em algo melhor. Deste modo, reconhecê-lo como existente é o primeiro passo para instruí-lo corretamente, recolocando-o de volta a favor do Dharma, do fluxo da Criação.
- 2. Conhecê-lo Profundamente
Conhecê-lo não é apenas no reino da superficialidade, mas em todas as nuances na qual ele age e por quais razões o faz. É preciso desmistificá-lo, destrinchá-lo a fim de entendê-lo de maneira profunda. Sendo parte de você, sendo sua cria, o mínimo que lhe é pedido pela naturalidade da situação é que conheça seu filho.
Saiba por que ele surge, por que ele está sempre à espreita, por que você ainda não foi capaz de superá-lo. Conheça-o como a você mesmo.
- 3. Desvendar Sua Origem
Representação do Observador e a Ilusão |
Isso abrirá seus olhos para uma nova perspectiva, a do observador distante. Entenderá, deste modo, o quão necessário ou tolo foi ao aceitar a vinda desta criação para sua vida, uma vez que os motivos, agora a olhos distantes, são infantis, e quem sabe, sem sentido.
Compreender a origem do medo é saber o ponto exato em que o sentimento da verdade, do não-medo, deixou de existir. E trazer de volta, ou reavivar, tal verdade, tal sentimento torna-se muito mais simples quando sabemos exatamente do que se trata.
- 4. Entender Suas Implicações
Entender essas implicações traz de volta a razão, uma vez que agora, consciente do que está acontecendo, pode-se compreender que nada do que se origina do medo deveria estar presente em sua vida. A paranóia, a ansiedade, a irritação, a reclusão, o cansaço, a ignorância, tudo isso são implicações do medo. Identificá-las só é possível através dos três estágios citados acima.
Logo, fica bastante evidente que não existe nenhum benefício para que o medo continue instalado em sua vida. Essa constatação não é superficial ou mental, mas profunda. Aqui já se está pronto para sublimá-lo.
- 5. Positivá-lo
Art by Mark Henson |
Logo, de forma natural, silenciosa e pacífica, o medo desaparece e jamais tornará a nascer, uma vez que cada medo é um ser individual e único. Quem aprende a transformar seus temores, desejos, anseios, tristezas e raivas em suas contrapartes, torna-se seu próprio mestre. Isso é alquimia interior.
[Vídeo]
A Vida é a Escolha entre Amor e Medo
A Vida é a Escolha entre Amor e Medo
"Você não pode se livrar dos seus medos, mas pode aprender a conviver com eles." Tirinha de Alex Noriega (Stuff No One Told Me) |
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Boa noite,
ResponderExcluirPrimeiramente,meus parabéns pelo post.Objetivo,claro e vai direto ao ponto.Todos os tópicos tratam o medo de uma forma a aceitarmos que ele existe,faz parte desta dimensão e nível de consciência,mas podemos transcendê-lo,utilizando-nos de nossa energia mental absolutamente focada no positivo,transformando as sensações de medo de forma lógica e racional,sem esquecermos de que somos seres espirituais,vivendo uma experiência física temporária.Muito bom.
Grato, mas eu não diria que devemos focar absolutamente no "positivo", isso seria negligenciar o "negativo".
ExcluirBom dia
ResponderExcluirTem razão,eu chamaria de positivismo realista.
Pessoalmente eu percorri o “vale do medo” durante anos a fio. Instintivamente procurei ajuda. Encontrei ajuda profissional. Participei de encontros de grupos entre pessoas que passavam por semelhantes sintomas. A perspectiva de quem escreve ou lê um artigo sobre “Transcender os medos” sem conhecer cada milímetro da longa escadaria ascendente para transcender e transformar-se num outro tipo de ser humano dentro desta realidade é completamente diferente da de quem viveu ou ainda vive sob o estigma do “medo”. Avaliar o intangível, mensura-lo ou termos uma ideia do script que iremos percorrer, de como iremos supera-lo, ou, então, sobre a quota de sofrimento que ainda nos resta enfrentar, é algo sem sentido. Participe de grupos de pessoas que sofrem de esquizofrenia, transtorno bipolar, leucemia, síndrome de pânico e demais grupos do gênero para tentar abstrair melhor uma dissertação mais arrojada sobre este tema que carece da ajuda e do trabalho de blogueiros como você. Um forte abraço. Joao.
ResponderExcluirPode cre brother! Eu trabalho com isso, sei como é.
ExcluirVc me coloca no grupo do whatsapp de panicone depressão me chamo Tatiana cek: 21973635466
ExcluirGostei muito da sua objetividade.
ResponderExcluirVejo que o ser humano desde seu berçário é pai de seus medo. O medo é cultural e se mistura com o instinto de sobrevivência.( se tu puder aclarar essa ideia, agradeço) Não só o medo mas tudo se torna cômodo para nós. Nós basicamente por medo temos grades em nossas casas, achamos que as pessoas são objetos que podem ser guardar dadas nos bolsos por medo de ficarmos sozinhos (me refiro aos relacionamentos em geral) Nossos relacionamento muitas vezes são uma mentira por medo. Concordo que devemos aceitar esse medo sem medo de se enxergar como nos somos (E posso afirmar que somos muita coisa e o pior não sabemos por estarmos adormecidos). Muitas vezes essa questão de aceitação vai contra a roupa que criamos e a máscara que gostamos de vestir. Quando em verdade somos um corpo onde ocorrem muitas manifestações a nível mental e sentimental.
Grato. Mas não entendi, esclarecer que ideia?
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